Se você convive com a endometriose, sabe quanto dor e desconforto ela traz – por isso, é uma ótima notícia saber que o SUS vai oferecer dois novos tratamentos hormonais que prometem melhorar a qualidade de vida.
O que mudou no tratamento pelo SUS
O Ministério da Saúde adicionou ao SUS duas novidades eficazes:
- DIU-LNG (Dispositivo Intrauterino com levonorgestrel), ideal para quem não pode usar pílulas contraceptivas tradicionais.
- Desogestrel, um anticoncepcional oral que ajuda a diminuir a dor e desacelerar o avanço da doença, podendo ser usado já no diagnóstico clínico, enquanto ainda se aguarda exames confirmatórios
🧬 Como cada tratamento atua
- DIU-LNG: reduz o crescimento do tecido endometrial fora do útero e tem duração média de 5 anos, facilitando a adesão ao tratamento.
- Desogestrel: inibe a ovulação e diminui a atividade hormonal que alimenta a endometriose – pode ser usado desde o início do acompanhamento clínico .
Por que essa inclusão é significativa
- A doença atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, segundo a OMS – muitas delas enfrentando diagnóstico tardio.
- O SUS já registrou mais de 260 mil atendimentos nos últimos dois anos, com aumento expressivo na atenção primária e especializada.
Quando os tratamentos estarão disponíveis
A oferta está condicionada à atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). Após isso, ambos tratamentos devem estar disponíveis em até 180 dias.
O que o SUS já oferece hoje
Além dessas novidades, o SUS oferece:
- Terapia hormonal (como progestágenos e análogos de GnRH)
- Analgésicos, anti-inflamatórios, acompanhamento multidisciplinar
- Cirurgias por videolaparoscopia, laparotomia e, em casos específicos, histerectomia
O que muda na prática
- Mais opções, com métodos menos invasivos e mais aderentes
- Melhor controle da dor e evolução da doença
- Abordagem mais ampla e eficiente, permitindo intervenções precoces
Conclusão
A incorporação do DIU-LNG e desogestrel representa um avanço real na luta contra a endometriose no SUS. Além de ampliar o arsenal terapêutico, essas opções trazem mais comodidade, menos efeitos colaterais e potencial de aderência e eficácia.
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PERGUNTAS FREQUENTES:
1) O que o DIU-LNG faz para a endometriose?
Ele libera levonorgestrel no útero, inibindo o crescimento do tecido endometrial fora do útero e precisa ser trocado a cada 5 anos.
2) Quando o desogestrel pode ser usado?
Já na fase clínica, antes mesmo da confirmação com exames, para reduzir dor e progressão da doença.
3) Quando entram em vigor esses tratamentos?
Após atualização do protocolo terapêutico do SUS, devendo estar disponíveis em até 180 dias.
4) Quantas mulheres são afetadas pela endometriose?
Cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no mundo, segundo a OMS.
5) O SUS já oferece cirurgias?
Sim – são realizadas videolaparoscopia, laparotomia e, em casos específicos, histerectomia .
6) Por que esses tratamentos são importantes?
Eles aumentam a variedade de opções terapêuticas, facilitam o tratamento contínuo e reduzem o desconforto e os efeitos adversos.
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