Trabalha com carteira assinada e quer garantir uma aposentadoria maior? Saiba que é possível contribuir extra como autônomo ou MEI, sem infringir regras. Mas isso exige estratégia para evitar pagar em duplicidade ou mais que o necessário.
É possível contribuir nos dois regimes ao mesmo tempo?
Sim! Mesmo com vínculo CLT, você pode se inscrever como contribuinte individual (autônomo) ou abrir um MEI e recolher ao INSS por conta própria. Essa contribuição não substitui, ela se soma àquela descontada do seu salário por causa do vínculo empregatício.
Quais são os perfis possíveis?
- Empregado CLT + Autônomo (GPS 20%): útil se você presta serviço fora do emprego formal e quer aumentar seu salário de contribuição, elevando o valor da aposentadoria.
- Empregado CLT + MEI (DAS 5%): contribui só 5% do salário mínimo, garantindo cobertura previdenciária, mas não aumenta a aposentadoria — a não ser que complemente com 15% extra.
Quando vale a pena? Vantagens e cuidados
✅ Vantagens
- Aposentadoria mais alta: pode somar contribuições e ultrapassar o teto CLT.
- Manutenção da qualidade de segurado: evita ficar sem cobertura em caso de demissão.
⚠️ Cuidados
- Evitar duplicidade: não contribua sobre o mesmo salário do emprego. A contribuição autônoma deve ser sobre renda extra.
- Respeitar o teto previdenciário: se sua soma ultrapassar o teto, você pagará a mais sem aumentar o benefício.
Como escolher a melhor forma de contribuição
- Se só quer cobertura extra (sem aumentar o valor do benefício): abra um MEI (5% sobre mínimo) ou contribua como facultativo (11% sobre mínimo).
- Se quer aumentar o valor da aposentadoria: contribua como autônomo com GPS 20% — sobre a renda do trabalho extra.
- Atenção ao teto: informe seu empregador/autônomo caso alcance o teto para evitar contribuição desnecessária.
O que diz a lei e a jurisprudência?
- A CLT obriga a contribuição sobre o salário.
- Contribuições autônomas são permitidas, desde que sobre renda diferente — lei permite simultaneidade.
- A soma das contribuições influencia o valor da aposentadoria, até o teto — sem duplicar tempo de contribuição .
Resumo prático — tabela comparativa
Perfil | Alíquota | Vale para aposentadoria? | Cuidados |
---|---|---|---|
CLT | 7,5%–14% | Sim | Está ativo automaticamente |
CLT + MEI | 5% sobre mínimo | Não sem complemento | Pode complementar para valer como contribuição individual |
CLT + Autônomo (GPS 20%) | 20% sobre renda extra | Sim, aumenta benefício | Não contribuir sobre salário CLT, controlar teto |
Conclusão
Contribuir como autônomo ou MEI sem abrir mão da carteira assinada é uma estratégia sólida para aumentar seu INSS e proteger seus direitos. Só não vale contribuir sobre o mesmo salário ou ultrapassar o teto — isso gera custos sem retorno.
👉 Pense bem: planeje com calma, confira seu extrato no Meu INSS, e se quiser resultados certeiros, consulte um contador ou advogado previdenciário antes de decidir.
PERGUNTAS FREQUENTES:
1) CLT pode fazer contribuição extra como MEI ou autônomo?
Sim! Enquanto CLT, você pode contribuir como autônomo (20%) ou MEI (5%) para garantir benefícios adicionais.
2) Contribuição autônoma conta para aumentar aposentadoria?
Sim, desde que contribua como autônomo (GPS 20%) sobre trabalho extra — isso aumenta a média salarial e, consequentemente, o benefício.
3) Se eu contribuir como autônomo, conto mais tempo?
Não. O tempo não dobra. Importa apenas o valor das contribuições para calcular o benefício.
4) Como evitar pagar demais?
Informe ao INSS que você contribui como CLT e autônomo. Se atingir o teto, não precisa continuar pagando como MEI ou autônomo naquele mês.
5) MEI sozinho melhora aposentadoria?
Não, a não ser que complemente os 5% iniciais (pagando +15%) para chegar aos 20% sobre o mínimo. Caso contrário, só garante a aposentadoria mínima.
6) Preciso de ajuda para definir a melhor opção?
Recomendado! Uma advogada previdenciária pode simular cenários e evitar erros que comprometem benefício ou geram gastos extras.
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