O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), recentemente nomeado relator do Projeto de Lei da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, fez uma declaração de peso: ele ainda não sabe se o texto que vai elaborar agradar a todos ou se poderá beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado por golpe.
Essa semana revela negociações intensas, resistências e tentativas de equilíbrio político — e o relator já sinaliza que nem tudo será como alguns aliados desejam.
O que Paulinho da Força declarou sobre a anistia
- Ele disse aos jornalistas que não definiu ainda se o projeto contemplará Bolsonaro entre os beneficiados.
- Comentou que vai fazer um texto “pelo meio”, buscando consenso entre bancadas de esquerda e direita.
- Também afirmou que uma anistia “ampla, geral e irrestrita” (pedido frequente entre bolsonaristas) é algo que considera impossível de aprovar.
Por que o relator está adotando esse tom de cautela
- Seu posicionamento é influenciado por pressões internas do PL (Partido Liberal), que quer garantir para Bolsonaro, e também pelas sinalizações do STF de que nem todos os tipos de perdão são viáveis.
- A liderança da Câmara, por meio de Hugo Motta, optou pela escolha de Paulinho por considerar que ele pode negociar bem entre diversos blocos políticos — sua habilidade de articulação político-parlamentar foi fator chave.
O que está em jogo — pontos de tensão no texto
- Redução de penas: ao invés de anistia ampla, a expectativa é que grande parte do projeto trate de diminuir penas já definidas para quem foi condenado.
- Inclusão ou exclusão de Bolsonaro: esse é o grande nó. Se incluírem Bolsonaro, o texto pode gerar forte polarização e tensão institucional. Se o excluírem, corre o risco de rejeição parcial ou resistência dentro do PL ou entre aliados.
- Busca por “pacificação”: uma justificativa recorrente é de que a anistia poderia ajudar a diminuir o clima político conflituoso — o relator já disse isso explicitamente.
CONCLUSÃO
Com esse discurso de cautela, Paulinho da Força sinaliza que o texto da anistia será um produto de negociação intensa — balanceando apelos de partidos, limites legais e as expectativas de diferentes atores.
Se você quiser, posso acompanhar as versões preliminares do relatório, os rascunhos divulgados, e te mostrar como fica cada cenário: com Bolsonaro dentro ou fora — pra que você possa entender o que vai valer de fato.
Perguntas frequentes
O que significa “salvar Bolsonaro” nesse contexto?
Significa criar um texto de anistia que inclua condições que beneficiem Jair Bolsonaro — ao menos neutralizar os efeitos penais da condenação ou permitir que punições sejam reduzidas ou perdoadas para ele.
Anistia “ampla, geral e irrestrita” é vista como possível?
Não — Paulinho da Força declarou que essa proposta é improvável de ser aprovada. Ele considera que esse formato é rejeitado por parte significativa do Parlamento e provavelmente inconstitucional ou juridicamente inviável.
Quais partidos ou blocos poderão apoiar o texto?
Paulinho cita que tenta costurar apoio da esquerda e da direita, buscando maioria. O PL já demonstrou interesse, mas condiciona à possibilidade de incluir Bolsonaro — embora haja resistência.
Que efeitos teria a inclusão de Bolsonaro no texto?
Muitos efeitos: polarização política forte; possibilidade de questionamentos no STF; reações da opinião pública; implicações judiciais sobre condenações já firmadas. A inclusão pode também enfraquecer apoios caso o texto seja visto como “perdão total”.
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