InícioNoticiasMEI já representa “bomba previdenciária”: déficit futuro pode chegar a R$ 711 bi

MEI já representa “bomba previdenciária”: déficit futuro pode chegar a R$ 711 bi

Data:

Posts Relacionados

Revisão da aposentadoria da pessoa com invalidez

Você sabia que quem se aposentou como Pessoa com...

Acordo do INSS: pagamentos começam dia 24/07 priorizando ordem de adesão

Você sabia que o INSS vai começar a devolver...

Novo cadastro permite checar se celular é roubado antes de comprar

Comprou um celular usado e quer saber se ele...

Congresso Derruba Veto de Lula e Retoma Pensão Vitalícia a Crianças Vítimas da Zika

Em uma decisão histórica, o Congresso Nacional derrubou o...

Você já se perguntou o que acontece quando milhões de pequenos empreendedores contribuem pouco, mas esperam benefícios completos no futuro? Pois é isso que o estudo apresentado à Folha revela: apesar do objetivo inclusivo, o regime do MEI está colocando o sistema previdenciário em risco. Quer entender esse impacto? Continue lendo!

O que diz o estudo do FGV sobre o déficit do MEI?

De acordo com o economista Rogério Nagamine, ex-subsecretário do INSS, o MEI já acumula um déficit atuarial de cerca de R$ 711 bilhões no RGPS — e esse valor pode chegar a R$ 974 bilhões, considerando 1% de aumento real no salário mínimo por ano.

Por que esse valor assustador?

O ponto central: o microempreendedor paga apenas 5% do salário mínimo, o que equivale a R$ 18 mil ao longo de 15 anos. Mas, quando se aposenta, recebe um salário mínimo por toda a vida — ou seja, recupera tudo em apenas um ano de benefício.

Quantos MEIs existem hoje?

Em 2009, havia apenas 44 mil MEIs ativos. Em junho de 2025, esse número subiu para impressionantes 16,2 milhões. Hoje, representam quase 12 % dos contribuintes, mas só respondem por 1 % da receita previdenciária.

VEJA  Brasileirão volta com Flamengo x São Paulo neste sábado no Maracanã

É inclusão ou estelionato previdenciário?

Para a advogada Adriane Bramante (OAB‑SP / IBDP), o MEI trouxe inclusão a trabalhadores informais. Mas, ao simplificar demais, “isso não é baixa renda”, disse ela, destacando o uso indevido da modalidade por quem quer driblar regras trabalhistas — como professores ou manicures.

Que distorções o estudo aponta?

O estudo alerta para três problemas principais:

  • Migração do emprego formal para o MEI, estimulada pela chamada “Lei do Salão Parceiro”;
  • Subfaturamento e vínculos precários disfarçados como MEI;
  • Descompasso entre contribuição e benefício, que o regime não cobre.

Como o cenário pode piorar?

No Congresso, há projetos para elevar o limite de faturamento do MEI de R$ 81 mil para até R$ 130 mil, inclusive autorizando contratação de um funcionário — o que amplia ainda mais o rombo previdenciário.

Quais são os números projetados?

  • Já acumulou cerca de R$ 711 bilhões em déficit atual;
  • Pode alcançar R$ 974 bilhões com ganhos reais no salário mínimo;
  • Em sete décadas, o rombo pode chegar a R$ 1,9 trilhão.

Conclusão

O MEI cumpriu seu papel inicial: formalizar atividades informais. Porém, sem ajustes nas alíquotas, limites de faturamento e fiscalização, pode comprometer a saúde do sistema previdenciário por décadas.

VEJA  Cristiano Ronaldo opta por ausência discreta no funeral de Diogo Jota entenda o motivo

🔔 Quer entender melhor como isso afeta sua aposentadoria ou o futuro do INSS? Acompanhe nosso blog, tire suas dúvidas e fique por dentro das propostas para reformar o MEI!

📌 Perguntas frequentes

1) Por que o regime MEI gera déficit tão alto estruturadamente?

Porque a contribuição (5% do salário mínimo) não cobre os benefícios completos (aposentadoria, pensão, auxílio), criando rombo atuarial.

2) Como o MEI pode ter R$ 711 bi em déficit atual?

Estimativa foi feita pelo pesquisador Rogério Nagamine usando projeções do FGV Ibre, com dados de 16,2 milhões de MEIs.

3) Por que muitos deixam de contribuir?

Apenas 1 em cada 3 MEIs contribuiu ao INSS em 2023, o que agrava ainda mais o desequilíbrio.

4) O limite de R$ 81 mil deve subir?

Sim. Há proposta para elevar para até R$ 130 mil, o que ampliaria a distorção previdenciária.

5) O que é “pejotização” via MEI?

Empresas contratam trabalhadores como MEI para evitar encargos trabalhistas, com contratos irregulares.

6) Quais soluções estão sendo discutidas?

Aumentar contribuição, reduzir limites de faturamento, exigir vínculo real e fiscalizar melhor o uso do MEI.

VEJA TAMBÉM: Empréstimos Consignados

DIÁRIO OFICIAL INSS VAI COMEÇAR A LIBERAR DINHEIRO EXTRA PARA QUEM PAGA EMPRÉSTIMO VEJA COMO RECEBER (Tatiana Tavares Advogada)
Tatiana Tavares Fracasso
Tatiana Tavares Fracassohttp://ttfnoticias.com.br
Tatiana Tavares Fracasso, formada em Direito pela UNISINOS - Universidade do Rio dos Sinos/RS; pós graduada em Direito Previdenciário pela ESMAFE/RS - Escola Superior da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul e pós graduada em Direito de Família e Sucessões pela UCS - Univerdade de Caxias do Sul/RS. Sócia fundadora do Escritório TAVARES E FRACASSO que atua no ramo previdenciário, cível, família, sucessões e trabalhista há mais de 12 anos. Criadora do CANAL NO YOUTUBE TATIANA TAVARES ADVOGADA.

Veja também

spot_img

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

TTF Notícias
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.