O que aconteceu?
A Justiça Federal no Distrito Federal deu 24 horas para o governo Lula restabelecer os radares nas rodovias federais — e com toda a fiscalização funcionando.
Caso contrário, cada radar desligado gera uma multa diária de R$ 50 mil. A decisão, assinada pela juíza Diana Wanderlei, não deixou espaço para demora.
Por que essa urgência?
Este mês, por escassez de verba, muitos radares foram desligados — um verdadeiro “apagão” na fiscalização. Algumas pessoas chegaram a trafegar com velocidades até 6.000% acima do permitido.
A conta não fecha
O DNIT estimou que são necessários R$ 364,1 milhões por ano para manter o sistema, mas o governo destinou apenas R$ 43,3 milhões (aproximadamente 12% do valor), resultando na paralisação de cerca de 4 mil radares em 45 mil km de rodovias.
O que a juíza exigiu?
- Reativação imediata dos radares pelas concessionárias (com punição de R$ 50 mil/dia por aparelho inativo);
- Em até 72 horas, o DNIT deve informar os impactos do apagão e o valor exato necessário para manter tudo funcionando;
- Em até 5 dias, a União deve apresentar um plano orçamentário emergencial para viabilizar os pagamentos;
- Ajuizou intimação pessoal ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de notificar a AGU — para que todos estejam diretamente envolvidos na solução.
Um ponto que chama atenção
A retirada dos radares agora representa um claro retrocesso. Em 2019, o próprio atual governo havia criticado essa medida. Agora, essa contradição foi destacada pela magistrada como um sinal de descaso com a segurança pública.
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