Você já se perguntou como uma movimentação milionária pode passar despercebida elos mecanismos de controle? Pois é, o filho de um ex-diretor do INSS é alvo de suspeita após movimentar mais de R$ 23 milhões entre fevereiro de 2023 e julho de 2025 — números que despertaram atenção de órgãos como o COAF.
Mas quais são as acusações? Quais operações chamaram mais atenção? E o que tudo isso pode implicar para quem está no centro dessa investigação?
Vou te mostrar, com clareza e sem rodeios, tudo o que se sabe até agora — e por que esse caso não pode ser ignorado.
Quem é esse filho do ex-diretor do INSS?
O investigado é Eric Fidelis, advogado e filho de André Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão no INSS.
As suspeitas foram suscitadas por relatórios do COAF, que detectaram movimentações incompatíveis com a renda declarada por Eric.
Ele declarou renda mensal de R$ 13.333,33 — um valor que, segundo os documentos, não se alinha com os valores envolvidos nas movimentações financeiras.
Que movimentações chamaram atenção nas investigações?
As investigações apontam diferentes operações suspeitas:
- Contas conjuntas e escritório de advocacia: as transações ocorreram tanto em contas conjuntas com a esposa quanto na conta do escritório jurídico que leva o nome dele.
- Pix intensivo: uma grande parte das transferências foi feita via Pix, modalidade que, por sua rapidez, pode facilitar dissimulações.
- Empresas envolvidas: entre as empresas citadas está a Prospect Consultoria, ligada ao “Careca do INSS”, usada como meio de movimentação de recursos.
- Recebimentos de empresas e do próprio escritório: há registros de que Eric recebeu mais de R$ 1,4 milhão dessas entidades.
- Firma de advocacia movimentou millions: a Eric Fidelis Sociedade Individual de Advocacia movimentou cerca de R$ 6,7 milhões em entrada, distribuindo R$ 5,3 milhões em saídas, parte para contas pessoais e para o pai.
Por que isso é considerado suspeito?
De acordo com os relatórios do COAF:
- Incompatibilidade entre renda e movimentação — o valor das transações não condiz com a renda declarada pelo investigado.
- Movimentação entre pessoa jurídica e pessoa física — operações entre empresas e contas pessoais levantaram alertas por potencial uso de dissimulação.
- Sinais de informalidade ou ocultação de recursos — o padrão de movimentações mostra indícios de que parte dos recursos pode ter sido transacionada sem declaração adequada.
Qual o vínculo entre o pai, o ex-diretor do INSS, e essas contas?
O nome de André Fidelis (ex-diretor) aparece nas investigações porque parte dos recursos movimentados foi direcionada a ele ou passou por contas vinculadas.
André está ligado a casos de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, revelados pelo próprio Metrópoles em reportagens anteriores.
Por conta dessas denúncias, André foi desligado do INSS em julho de 2024.
O que pode acontecer a partir dessas investigações?
- Inquéritos e CPI do INSS já foram acionados para apurar condutas e responsabilidades.
- Se comprovado crime de movimentação ilícita, sanções penais e administrativas podem recair sobre Eric e outras pessoas envolvidas.
- A repercussão política pode atingir instituições como o INSS, especialmente pelo histórico de acusações que envolvem o órgão.
- Revisão de contratos, cooperações técnicas e procedimentos de controle interno do INSS pode ser exigida para evitar casos semelhantes no futuro.
Conclusão: a gravidade por trás dos números
Esse caso não é apenas sobre cifras milionárias. É sobre transparência, controle público e integridade. Quando um filho de ex-dirigente público movimenta valores tão discrepantes da renda declarada, surgem questões que vão além de contas bancárias — envolvem credibilidade de instituições.
Perguntas Frequentes
Quem é Eric Fidelis?
Advogado filho do ex-diretor do INSS, André Fidelis, sob investigação por movimentação suspeita de R$ 23 milhões em 2 anos e meio.
Como descobriram essas movimentações?
Relatórios do COAF apontaram transações incompatíveis com a renda declarada, especialmente operações via Pix entre contas pessoais e jurídicas.
Qual é o papel de “Careca do INSS” no caso?
A Prospect Consultoria, ligada a esse nome, aparece nas transações suspeitas como uma empresa que movimentou recursos com o investigado.
O movimento milionário inclui dinheiro para o pai?
Sim. Parte dos valores movimentados passou por contas ou envolveu transferências ao ex-diretor do INSS.
Eric já foi alvo antes?
Sim — em outra fase das investigações, ele já havia sido apontado por movimentar cerca de R$ 10,4 milhões em outro período.
Quais órgãos investigam esse caso?
COAF e CPIs ligadas ao INSS estão entre os órgãos que analisam as transações e origem dos recursos.
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