O que aconteceu de diferente na instalação da CPMI do INSS?
A inesperada derrota do governo na formação da CPMI do INSS foi atribuída por interlocutores ao que chamam de uma falha de articulação política do Palácio do Planalto.
Embora houvesse diálogo com o presidente do Senado, não foi tempo suficiente para garantir que aliados ocupassem a presidência e relatoria da comissão.
Como a composição da CPMI foi alterada?
O plano inicial era empossar o senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente e o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) como relator — ambos considerados palatinos. No entanto, foi eleito o senador Carlos Viana (Podemos-MG) e, na relatoria, ficou o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), ambos vistos como independentes, embora alinhados à oposição.
Essa mudança representou um golpe de cenário e sinalizou perda de controle político do governo sobre a comissão.
Por que essa mudança foi considerada uma falha do governo?
Aliados do governo reconheceram surpresa com a virada. Após quase quatro meses de negociações, a articulação política não conseguiu assegurar a presidência da CPMI nem a relatoria — ambos cargos estratégicos que definem o rumo eleitoral e investigativo. A derrota foi vista internamente como um erro de cálculo.
Conclusão — O que isso representa para o governo?
A troca de comando na CPMI do INSS expôs fragilidades da articulação governista e mostra como cometer erros na escolha de aliados e na gestão de apoios parlamentares pode ter consequências significativas. A oposição passa a conduzir os trabalhos e define o ritmo das investigações, o que pode transformar os próximos meses em momentos críticos.
E você, acredita que essa será uma CPMI técnica ou com forte viés político?
Perguntas Frequentes
Por que a escolha de Aziz e Ayres era importante?
Eles teriam dado mais segurança ao governo no controle das investigações e na condução da comissão, mantendo o comando dentro da base aliada.
Quem agora preside e será relator da CPMI do INSS?
O senador Carlos Viana assumiu a presidência, e o deputado Alfredo Gaspar foi eleito relator — ambos alinhados à oposição.
Isso mudou o tom da investigação?
Sim. Com a direção da oposição, a comissão pode ganhar intensidade política, o que tende a dificultar qualquer coordenação com o governo.
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