Com o anúncio da nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, válida a partir de 1º de agosto de 2025, empresas brasileiras intensificaram a produção e anteciparam os embarques para os Estados Unidos. A busca por acelerar as remessas gerou aumento expressivo nos preços do frete.
Como as empresas reagiram
Exportadoras dos setores de alimentos e insumos industriais programaram horas extras na produção e priorizaram embarques urgentes. Algumas transferiram parte da produção para unidades na Indústria Mexicana ou Indiana para escapar da tarifa e pressão logística.
Por que o frete disparou
O pico de demanda criou escassez de espaço em navios e containers. As transportadoras aumentaram os preços do frete — tanto marítimo quanto aéreo — pressionadas pelo volume repentino de cargas. Em rotas mais competitivas, como China–Estados Unidos, as tarifas marítimas já subiram até 43%.
Impactos da tarifa e da corrida contra o tempo
- O Brasil corre contra o relógio diante da entrada em vigor das tarifas, mas negociações diplomáticas seguem emperradas. A proposta brasileira enviada em maio continua sem resposta.
- Setores como carne, café e suco de laranja registram queda de preços domésticos diante da expectativa do tarifaço. Exportadores buscam rotas alternativas e instrumentos jurídicos para mitigar riscos.
Conclusão
A antecipação de exportações para os EUA reflete forte reação do mercado brasileiro às ameaças tarifárias. A alta demanda por embarques deu fôlego às exportações no curto prazo, mas empurrou os custos logísticos para cima.
Perguntas Frequentes:
1) Por que o frete aumentou tanto de repente?
A demanda intensa por embarques de última hora causou escassez de espaço e aumento nas tarifas marítimas e aéreas.
2) Quais setores estão mais pressionados pelo tarifaço?
Produtos como carne, café, suco de laranja e insumos industriais já sofrem queda de preços no Brasil e impacto em exportações.
3) Empresas conseguiram evitar a tarifa?
Algumas realocaram produção para países como México e Índia, buscando rotas alternativas que escapem da sobretaxa.
4) Há solução diplomática para evitar a tarifa?
Negociações seguem estagnadas. A proposta brasileira entregue em maio não obteve retorno até agora.
5) Isso pode prejudicar o PIB do Brasil?
Sim. A CNI estima perda de até 0,2% do PIB e risco de mais de 100 mil empregos impactados em exportação caso a tarifa entre em vigor integral.
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