A esposa de um servidor público investigado no esquema da “Farra do INSS” reservou um apartamento de luxo avaliado em R$ 28 milhões na Senna Tower, em Balneário Camboriú (SC). O negócio acende novos holofotes sobre o patrimônio crescente do casal e os indícios de favorecimento.
Quem são os envolvidos e qual é o imóvel reservado?
- Thaisa Hoffmann Jonasson, esposa do ex-procurador-geral do INSS Virgílio Filho, fez a reserva por meio de “termo de reserva” em 5 de novembro do ano passado.
- O imóvel era o apartamento 7001 da Senna Tower, empreendimento de alto padrão com previsão de conclusão só em 2033.
- A construtora entrou com pedido judicial de cancelamento da reserva em 3 de julho deste ano, alegando risco de constrição judicial do bem.
- Os incorporadores dizem que Thaisa desistiu da compra, embora o ato de reserva tenha sido formalizado.
Quais indícios patrimoniais levantam suspeita?
- Nos últimos anos, Thaisa adquiriu três imóveis à vista: um apartamento e uma sala em Curitiba, e outro apartamento em Brasília, às margens do Lago Paranoá.
- Um relatório da Controladoria-Geral da União apontou acréscimo patrimonial estimado em R$ 18 milhões atribuído a Virgílio Filho.
- Documentos à CPMI do INSS mostram que Thaisa também comprou um Porsche Cayenne híbrido em 2024 e que Virgílio reservou um Audi A5 e adquiriu uma Mercedes-Benz GLB 35 AMG.
O prédio Senna Tower e sua relevância
- A Senna Tower é um empreendimento de 157 pavimentos e 550 metros de altura, com 228 apartamentos planejados.
- O investimento previsto para o projeto total é de cerca de R$ 3 bilhões.
- A torre é divulgada pelos incorporadores como um dos mais luxuosos da região — o apartamento reservado estava entre as unidades de entrada, mas já na faixa milionária.
Quais as repercussões legais e políticas dessa transação?
- O caso reforça suspeitas de ligação entre decisões do INSS e favorecimento de empresas ou entidades como a CONTAG, já sob investigação.
- A construtora mencionou risco de constrição judicial do imóvel, o que sugere que havia possibilidade do bem ser bloqueado em investigação.
- A CONTAG, por sua vez, negou irregularidades e garantiu que nunca solicitou “facilitação” junto ao INSS ou a seus integrantes.
Conclusão: quando o patrimônio fala mais alto
Reservar um imóvel de R$ 28 milhões enquanto investigações sobre esquemas no INSS avançam é um sinal preocupante sobre a origem e o controle do patrimônio dos envolvidos.
Esse episódio reforça a necessidade de apuração rigorosa, transparência e responsabilização sempre que bens imensos surgem em casos que envolvem figuras públicas.
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