Parlamentares da CPMI do INSS iniciam apurações de um esquema que envolve empréstimos consignados não autorizados e uso de cartões “fantasmas”, com descontos irregulares em benefícios de idosos. O escândalo contraria diretamente a segurança financeira dos aposentados.
Integrantes da comissão já requereram informações de bancos e convocaram diretores de instituições suspeitas por descontos feitos sem autorização.
Denúncias e exemplos de abusos
- O senador Izalci Lucas (PL-DF) declarou que há casos em que descontos foram feitos de empréstimos jamais solicitados ou nunca creditados ao beneficiário.
- Na Justiça estadual, há ações movidas por aposentados que descobriram cobranças de mensalidades ou taxas com origem em cartões de crédito que jamais haviam pedido.
- Um banco chegou a produzir um áudio de autorização de desconto, mas o aposentado afirma que a voz não era dele.
Escopo da inflação de fraudes no INSS
- A CPMI já autorizou cerca de 360 quebras de sigilo de pessoas físicas e jurídicas para investigar o esquema.
- Até o momento, já foram convocadas ou convidadas quase 50 pessoas para depor.
- A comissão também investiga os já denunciados descontos associativos irregulares, estimando que tal prática gerou desvios superiores a R$ 4 bilhões.
O valor total da fraude envolvendo empréstimos e cartões ainda não foi contabilizado, mas parlamentares acreditam que pode superar a marca dos desvios associativos.
Conclusão
O esquema denunciado à CPMI revela uma faceta cruel de abuso contra aposentados vulneráveis: descontos indevidos e cobranças ocultas. Se comprovadas, essas práticas podem gerar responsabilizações civis e criminais, reembolso de valores e revisão de contratos.
Perguntas Frequentes
Quais tipos de descontos são investigados pela CPMI?
Empréstimos consignados não autorizados e taxas de cartões de crédito “fantasmas” que aparecem descontadas nos benefícios.
O valor de R$ 4 bilhões refere-se ao esquema completo?
Não — esse valor é estimado para os descontos associativos irregulares. O montante relativo a empréstimos/cobranças ainda não foi completamente dimensionado.
Quantas quebras de sigilo já foram autorizadas?
Aproximadamente 360 quebras de sigilo entre pessoas físicas e jurídicas.
Quantas pessoas já foram convocadas para depor?
Quase 50 pessoas já foram convidadas ou convocadas pela CPMI.
O que pode acontecer com quem praticou essas fraudes?
Responsabilização civil e criminal, devolução de valores cobrados indevidamente, além de possível revisão obrigatória dos contratos envolvidos.
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