A CPMI do INSS deu cumprimento a uma ordem de prisão em flagrante contra Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer, durante depoimento à comissão. A prisão se baseia na suspeita de que ele teria prestado falso testemunho, com declarações contraditórias e omissões deliberadas, em investigação que apura esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas.
Poucas horas depois, ele pagou fiança (valor não divulgado) e foi liberado.
Motivos da prisão e detalhes da acusação
- Durante seu depoimento à CPMI (na segunda-feira, 29/09), Lopes foi ouvido por cerca de nove horas e acabou sendo acusado de contradições e omissões importantes em suas declarações.
- O pedido de prisão foi feito pelo presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), e pelo relator da comissão, Alfredo Gaspar (União-AL).
- A comissão investiga um esquema no qual associações e entidades teriam operado cadastros indevidos para aplicar descontos em benefícios previdenciários sem autorização dos beneficiários.
- Conforme dados apresentados, entre 2019 e 2023, a Conafer passou de R$ 400 mil para R$ 202 milhões em volume de descontos.
- Também foi relatado que valores da Conafer teriam sido repassados para um assessor próximo de Lopes, e que a Conafer e esse assessor seriam sócios em empresa offshore nos EUA.
Repercussão e implicações no esquema de fraudes
- A prisão de Lopes é a segunda já decretada pela CPMI em casos ligados à investigação — na semana anterior, outro investigado, ligado ao “Careca do INSS”, também foi detido sob suspeita de falso testemunho.
- O relator da comissão enfatizou que López tentou convencer a comissão de que a operação era “legal e correta”, mas que isso era inverídico segundo as evidências.
- A comissão também considera pleitear prisão preventiva de Lopes junto ao STF, alegando risco de fuga ou interferência nas investigações.
Conclusão
A prisão do presidente da Conafer por falso testemunho durante depoimento da CPMI reforça o andamento rigoroso das apurações sobre fraudes ao INSS.
As evidências apontam para esquemas bem estruturados, com repasses de valores significativos e envolvimento de operadores próximos.
O caso acende alertas sobre a responsabilidade das entidades que operam junto a benefícios previdenciários.
Perguntas Frequentes
Qual o nome completo do preso pela CPMI?
Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer.
Por que ele foi preso?
Foi preso em flagrante pela CPMI sob acusação de falso testemunho, após depoimento com omissões e contradições.
Ele ficou preso por quanto tempo?
Ele pagou fiança poucas horas depois de ser preso e foi liberado.
Que esquema ele é acusado de integrar?
O esquema é de fraudes no INSS, com descontos indevidos feitos por entidades e associação nos benefícios de aposentados/pensionistas.
Qual será o próximo passo das investigações?
A CPMI pode pedir prisão preventiva junto ao STF; também deve continuar a colher provas, convocar outros envolvidos e cruzar dados de entidades e movimentações financeiras.
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