Depois de idas e vindas, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, voltou a manifestar desejo de depor à CPMI do INSS. Essa decisão reacende expectativas sobre esclarecimentos que restam pendentes — quem está envolvido, quais documentos serão apresentados, onde estão as provas, e se ele vai de fato comparecer.
Aqui está tudo que se sabe até agora, o que isso pode implicar, e como esse depoimento pode mexer com o escândalo dos descontos suspeitos em benefícios previdenciários.
Quem é “Careca do INSS” e por que ele foi convocado
- Careca do INSS é o apelido de Antônio Carlos Camilo Antunes, empresário ligado ao esquema investigado pela Polícia Federal e pela CPMI por descontos irregulares nos benefícios do INSS.
- Ele foi preso em ações recentes da PF, no contexto da Operação “Sem Desconto”, que apura fraudes bilionárias entre 2019-2024.
- A CPMI já aprovou convocação de parentes, sócios, advogados e pessoas próximas para depor, para montar o quadro completo do que ocorreu.
O que motivou a nova manifestação de interesse em depor
- O artigo informa que ele ‘volta a manifestar interesse’; ou seja, já houve ocasiões anteriores em que ele foi convocado ou pressionado, mas acabou desistindo ou não comparecendo.
- Esse movimento pode ter sido estimulado pela pressão pública, pelas convocações de testemunhas próximas, e pela necessidade de sua versão dos fatos para completar a apuração.
Impasses e obstáculos para o depoimento
- O STF já concedeu habeas corpus em casos similares, liberando investigados para não comparecer à CPMI se for essa decisão da justiça.
- A defesa de Careca do INSS alegou que dará prioridade ao depoimento junto à Polícia Federal, considerando inclusive o “clima político” envolvido na comissão.
- Há também questões práticas: data para depor, local, se ele comparecerá presencialmente ou por videoconferência, se ele vai ficar em silêncio em partes do depoimento, etc.
O que se espera que ele esclareça
- Clarificar se teve participação direta no esquema de descontos indevidos ou se era apenas beneficiário indireto ou apenas proprietário de empresas envolvidas.
- Explicar quais empresas eram dele ou ligadas a ele, quais operações financeiras foram feitas, comprovantes de transferência de valores, contratos ou ordens de serviço, documentos fiscais, etc.
- Esclarecer se havia autorização formal dos aposentados/pensionistas para os descontos associativos, se existiam auditorias internas ou externas, e se ele tinha relacionamento ou influência sobre servidores do INSS.
CONCLUSÃO
Se Careca do INSS realmente depor, pode ser um ponto de virada para os trabalhos da CPMI — pode trazer provas novas, até revelar atuações ocultas, e talvez esclarecer para quem foram os recursos cobrados indevidamente.
Perguntas frequentes
O que significa “voltar a manifestar interesse” em depor?
Significa que Careca do INSS já foi convocado, possivelmente indicou que deporia, mas por motivos diversos não compareceu ou suspendeu o compromisso — agora ele sinaliza novamente disposição de colaborar com a CPMI.
Ele é obrigado a depor na CPMI?
Não exatamente. Embora a comissão possa convocar testemunhas, a justiça, por meio de decisões do STF (como habeas corpus), pode garantir que o investigado não compareça. Depor como testemunha geralmente não obriga a produzir prova contra si mesmo, e há direito constitucional ao silêncio.
Se ele depor, vai mudar muito as investigações?
Pode sim. Um depoimento direto dele pode trazer documentos, identificar pessoas envolvidas, esclarecer valores e contratos que até então estavam sob suspeita ou ocultos. Também ajuda a CPMI a construir relatório final com mais base concreta.
Há previsão de quando esse depoimento pode acontecer?
Não há data definitiva confirmada no momento, mas a CPMI aprovou convocar testemunhas relacionadas ao caso, e as oitivas devem ocorrer nos próximos dias ou semanas, se não houver impedimentos legais ou judiciais.
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