Você conhece “Careca do INSS”? Esse apelido já aparece frequentemente em escândalos envolvendo fraudes previdenciárias — e agora ganhou destaque de novo: o lobista teria recebido R$ 1 milhão por Pix de um ex-gerente do banco BMG.
Mas por que tanto dinheiro? Qual a relação entre essas pessoas? E o que isso pode revelar sobre esquemas dentro do INSS? Vou destrinchar tudo para você, de forma clara e sem enrolação.
Quem é o “Careca do INSS” e quem é o ex-gerente do BMG?
O “Careca do INSS” é o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, já investigado por fraudes em aposentadorias e pensões.
Do outro lado, temos Anderson Ladeira Viana, ex-gerente do BMG, que fez a transferência suspeita via Pix para uma empresa vinculada ao “Careca”.
A transação consta em Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do COAF, apontando sinais de movimentação incompatível com receitas declaradas.
Qual foi exatamente a transação suspeita?
- Viana transferiu R$ 1 milhão via Pix para Brasília Consultoria Empresarial S/A, empresa ligada ao “Careca do INSS”.
- Essa empresa, fundada em 2022, teria faturamento declarado anual de R$ 1,6 milhão. Curiosamente, parte significativa da quantia transferida equivale a quase um terço desse faturamento.
- O COAF destacou que há incompatibilidade entre faturamento declarado e valores movimentados, o que eleva suspeitas de operações não declaradas ou ocultação de recursos.
Que conexão teria entre eles e com o INSS?
- A Brasília Consultoria firmou acordo com o INSS, com autorização para fazer descontos associativos em folha, intermediado por André Fidelis (ex-diretor do INSS).
- O contrato só saiu depois que Viana fez as transferências ao lobista — o que levanta suspeita de propósito financeiro ou influência.
- Ao longo do período de junho de 2023 a abril de 2024, mais de R$ 46,5 milhões passaram pelas empresas ligadas ao “Careca do INSS”, segundo o COAF.
O que BMG e “Careca do INSS” dizem sobre o caso?
- O BMG declarou que não tem relação com negócios de ex-funcionários e que segue padrões elevados de governança.
- O “Careca do INSS” disse que confia nos fatos e documentos para se defender de acusações, negando envolvimento em fraudes.
- Nem Viana nem os advogados do lobista responderam imediatamente às solicitações de reportagem.
Por que esse caso é tão grave?
- Revela fortes indícios de movimentação financeira incompatível e relações suspeitas entre ex-funcionários, lobistas e contratos com o INSS.
- Mostra um possível uso de empresas intermediárias para justificar ou disfarçar recursos.
- Pode acionar investigação criminal, auditoria institucional no INSS e novas CPI’s.
- Eleva a exigência de transparência e controles no sistema previdenciário.
Conclusão: dinheiro, suspeitas e o olho público
Esse caso pode não ser somente mais uma notícia — pode ser um ponto de virada para revelar esquemas mais amplos no INSS.
A transferência de R$ 1 milhão via Pix entre figuras com histórico de envolvimento em fraudes acende luzes para novas apurações.
Perguntas Frequentes
Quem é o “Careca do INSS”?
Lobista investigado, com histórico de envolvimentos em fraudes no INSS.
Quem fez o Pix de R$ 1 milhão?
O ex-gerente do BMG Anderson Ladeira Viana.
Qual empresa recebeu o valor?
Brasília Consultoria Empresarial S/A, ligada ao lobista.
Por que isso é suspeito?
Porque os valores transferidos parecem incompatíveis com o faturamento declarado e envolvem contratos com o INSS.
O BMG está envolvido?
O banco nega qualquer ligação com os negócios do ex-funcionário.
Quais consequências podem surgir?
Investigações pela Polícia Federal, CPIs, auditorias internas no INSS e possíveis processos judiciais.
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