O Brasil voltou a sair do Mapa da Fome da FAO/ONU, após alcançar a média trienal de 2022 a 2024 com menos de 2,5% da população em situação de subnutrição.
O anúncio foi feito em 28 de julho de 2025, durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, na Etiópia.
O que o indicador representa e como é calculado
O Mapa da Fome da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) classifica países que têm mais de 2,5% da população vivendo com insegurança alimentar grave.
Esse índice é baseado no indicador PoU — Prevalência de Subnutrição — calculado a partir da disponibilidade de alimentos, renda das famílias e distribuição desigual de calorias. A classificação considera médias móveis de três anos para evitar distorções por eventos isolados, como crises econômicas ou climáticas.
Trajetória do Brasil no índice
O país havia saído pela primeira vez do Mapa da Fome em 2014, após anos de políticas públicas como o Bolsa Família e Fome Zero. Porém voltou a ser incluído entre 2018 e 2020, em consequência do enfraquecimento dessas políticas e da crise econômica. Agora, com os dados de 2022 a 2024, o Brasil retoma sua posição fora da listagem.
O que explica essa redução tão rápida?
De acordo com o governo, em apenas dois anos foram retiradas cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave, até o final de 2023. Além disso, a pobreza extrema caiu para 4,4%, o desemprego alcançou o menor patamar desde 2012 (6,6%), e a renda mensal per capita atingiu R$ 2.020 — valor recorde. O índice de desigualdade (Gini) também caiu para 0,506 — o menor da série histórica.
Esses resultados são fruto de políticas coordenadas, como o Programa Bolsa Família, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), alimentação escolar, apoio à agricultura familiar, acesso ao crédito rural (Pronaf) e valorização do salário mínimo. O conjunto de ações está reunido no Plano Brasil Sem Fome, lançado em 2023 com meta até 2026, mas alcançada antes do prazo.
Conclusão
A saída do Brasil do Mapa da Fome representa uma conquista dupla: a restauração de ganhos sociais perdidos e a consolidação de um avanço rápido em menos de dois anos. Significa que o país alcançou menos de 2,5% da população em situação de subnutrição, revertendo retrocessos recentes.
👉 Quer saber como essas políticas podem ser replicadas em outros países ou como isso repercute nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Continue acompanhando nosso blog.
PERGUNTAS FREQUENTES:
1) O que é o Mapa da Fome da FAO/ONU?
É um indicador global que classifica países onde mais de 2,5% da população vive com subnutrição grave, sem acesso regular à quantidade mínima de alimentos.
2) Como o Brasil saiu do Mapa da Fome?
A média trienal de 2022 a 2024 ficou abaixo de 2,5% da população em risco de subnutrição, o que o exclui oficialmente da lista.
3) Por que essa conquista é considerada histórica?
Porque foi alcançada em apenas dois anos (2023–2025), com políticas sociais robustas, recuperando-se de uma situação crítica vivida em 2022.
4) Quais indicadores melhoraram no país?
A pobreza extrema caiu para 4,4%; desemprego atingiu 6,6% em 2024; renda per capita subiu a R$ 2.020; e o índice de Gini recuou para 0,506 — todos recordes recentes.
5) Quais programas foram decisivos para esse avanço?
O Plano Brasil Sem Fome unifica ações como Bolsa Família, PAA, alimentação escolar, apoio à agricultura familiar, crédito rural, qualificação profissional e valorização do salário mínimo.
VEJA TAMBÉM: 2 VALORES LIBERADOS A PARTIR DE HOJE