Você já ouviu falar da mulher cuja imagem circulou em uma das cédulas brasileiras e simboliza orgulho indígena? Pois é, a anciã Djidjuke Karajá, da aldeia Hãwalo (Isla do Bananal, Tocantins), faleceu aos 100 anos de idade no dia 11 de agosto de 2025.
Sua trajetória se destaca não apenas por sua longa vida, mas por representar o encontro entre tradição e visibilidade nacional — especialmente por ter estampado o verso da nota de Cr$ 1.000, lançada em 1990.
Quem foi Djidjuke Karajá e como ela se tornou símbolo nacional?
Djidjuke era uma pajé desde criança, algo bastante raro em sua cultura, onde as mulheres geralmente ficavam mais restritas à vida doméstica.
Além disso, ela era reconhecida como guardiã dos conhecimentos tradicionais: dominava o uso de ervas medicinais, confeccionava cerâmica, adornos rituais e as emblemáticas bonecas Ritxoko, verdadeiros símbolos da cultura Karajá.
Qual foi o significado histórico da cédula de 1.000 cruzeiros com sua imagem?
Lançada em meio à hiperinflação dos anos 1990, a cédula de Cr$ 1.000 circulou entre maio de 1990 e setembro de 1994.
No anverso, trazia o Marechal Cândido Rondon, e no verso, Djidjuke junto com Koixaru Karajá — representando a rica cultura indígena brasileira e sendo a segunda nota a homenagear povos originários no país.
Como a comunidade reagiu à passagem de Djidjuke?
A Funai emitiu uma nota de pesar destacando seu papel como símbolo de orgulho e líder na preservação de saberes tradicionais.
O DSEI Araguaia também manifestou solidariedade à comunidade Karajá, ressaltando sua dedicação à medicina ancestral e cuidados comunitários.
Conclusão: por que a história de Djidjuke segue viva?
Djidjuke Karajá foi muito mais do que uma imagem numa cédula — ela foi uma ponte entre culturas, uma voz ancestral registrando identidade e resistência. Sua partida aos 100 anos representa a perda de uma liderança espiritual, mas seu nome permanecerá vivo no papel-moeda, no artesanato, nos rituais e na memória de seu povo.
E você: como acha que podemos honrar e preservar o legado dos guardiões da cultura indígena como Djidjuke?
Perguntas Frequentes
Quem foi Djidjuke Karajá?
Foi uma líder indígena do povo Inỹ Karajá, nascida em 1925 como pajé, reconhecida por conservar saberes tradicionais e estampar a cédula de Cr$ 1.000 como símbolo cultural.
Qual foi o legado de Djidjuke para sua comunidade?
Ela era guardiã da medicina tradicional, arte ancestral e transmissão cultural, especialmente através de cerâmica, bonecas Ritxoko e rituais sagrados.
Por que sua imagem é tão marcante para o Brasil?
Porque sua presença na cédula trouxe visibilidade às etnias indígenas nacionais, sendo um símbolo duradouro de reconhecimento e valorização da diversidade cultural.
O que disse a Funai sobre sua morte?
A Funai afirmou que Djidjuke foi um símbolo de orgulho e deixou um legado duradouro como líder e guardiã dos saberes Karajá.
Qual foi o período de circulação da nota com sua imagem?
A nota de Cr$ 1.000 circulou de 31 de maio de 1990 a 15 de setembro de 1994.
VEJA TAMBÉM: INSS E BANCOS CONFIRMAM abono EXTRA