Durante seu depoimento à CPMI do INSS, o ex-dirigente sindical Milton “Cavalo” Oliveira resolveu quebrar o silêncio sobre um dos nomes mais comentados nas investigações: José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O depoente, convocado para explicar a relação entre o Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) e supostos repasses ilegais, negou qualquer envolvimento administrativo de Frei Chico no sindicato, mas admitiu que ele participava de eventos e tinha influência política dentro da entidade.
O que Milton “Cavalo” disse na CPMI do INSS?
Milton afirmou que Frei Chico nunca exerceu cargo formal no Sindnapi nem participou diretamente de decisões administrativas ou financeiras.
“Ele sempre esteve presente como uma figura histórica, um símbolo da luta sindical. Mas nunca assinou documentos, nem tomou decisões operacionais”, declarou o depoente aos parlamentares.
Apesar da negativa de envolvimento direto, Milton reconheceu que o irmão de Lula frequentava reuniões e eventos da categoria, onde era tratado com respeito por sua trajetória sindical.
Por que o nome de Frei Chico foi parar na CPMI?
O nome de Frei Chico apareceu nas investigações depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou uma declaração falsa do Sindnapi ao INSS, omitindo que o irmão do presidente fazia parte da estrutura diretiva do sindicato.
Essa omissão contrariaria a Lei 13.019/2014, que proíbe entidades com parentes diretos de autoridades públicas em cargos de direção de firmar parcerias com órgãos do governo.
A CGU abriu um processo administrativo contra o sindicato, apontando que a informação enviada ao INSS “não correspondia à realidade” — fato que acabou sendo explorado politicamente durante os trabalhos da CPMI.
O que o depoente explicou sobre as acusações de fraude?
Durante a oitiva, Milton “Cavalo” negou envolvimento em qualquer tipo de fraude e garantiu que nunca houve repasse ilícito dentro do sindicato.
Segundo ele, o Sindnapi é alvo de ataques por causa de disputas políticas e por ter crescido nacionalmente nos últimos anos.
Ele também disse estar disposto a colaborar com a Justiça e entregar documentos que, segundo ele, comprovam a regularidade da atuação do sindicato.
“Eu não tenho nada a esconder. O Sindnapi é uma entidade séria, que sempre atuou pela defesa dos aposentados”, declarou.
O que acontece agora na CPMI do INSS?
Após o depoimento, os parlamentares devem ouvir outros ex-dirigentes do sindicato e servidores do INSS citados em investigações da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal.
A comissão também pretende analisar contratos e repasses entre o Sindnapi e empresas ligadas a figuras já indiciadas por fraudes em descontos indevidos nos benefícios de aposentados.
Os próximos passos incluem novas quebras de sigilo e cruzamento de dados para verificar se houve favorecimento político ou uso indevido de verbas públicas.
CONCLUSÃO
O depoimento de Milton “Cavalo” acalma parte das especulações sobre o envolvimento do irmão de Lula, mas não encerra as investigações.
A CPMI do INSS segue com foco em entender como sindicatos e entidades previdenciárias teriam atuado em possíveis fraudes e omissões.
O caso reforça o impacto político das apurações e promete novos desdobramentos nas próximas semanas.
Perguntas Frequentes
Quem é Milton “Cavalo”?
É ex-dirigente sindical convocado para depor na CPMI do INSS por suposta ligação com irregularidades em repasses do Sindnapi.
O que ele disse sobre Frei Chico?
Afirmou que o irmão de Lula nunca teve cargo formal ou poder administrativo no sindicato, atuando apenas como figura simbólica do movimento.
Por que o nome de Frei Chico foi citado na investigação?
Porque a CGU apontou que o Sindnapi omitiu sua presença na declaração enviada ao INSS, o que fere a Lei 13.019/2014.
O que o Sindnapi diz sobre as acusações?
A entidade nega irregularidades, afirma que atua de forma transparente e diz que apresentará todos os documentos à Justiça.
Quais serão os próximos passos da CPMI?
Novos depoimentos e cruzamento de informações financeiras devem ocorrer nas próximas semanas, para definir se houve crime ou apenas falhas administrativas.
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