As investigações da chamada “Farra do INSS”, que apura fraudes bilionárias em descontos indevidos de benefícios previdenciários, ganharam um novo e explosivo capítulo. Um relatório de inteligência financeira revelou que o empresário Maurício Camisotti, preso por envolvimento no esquema, teria feito um repasse de cerca de R$ 7 milhões ao ex-ministro e ex-deputado federal José Sarney Filho (PV-MA).
A informação foi destacada em documento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e reforça os indícios de conexões políticas de alto escalão com a rede de fraudes no INSS.
Como ocorreu o repasse milionário
De acordo com o relatório, o pagamento foi realizado em março deste ano, em uma única operação, despertando a atenção dos órgãos de fiscalização pela elevada quantia.
O nome de Sarney Filho surge como favorecido direto da movimentação, embora ainda não haja conclusão sobre a natureza da transação. Autoridades investigam se o repasse estaria vinculado a contratos empresariais, doações políticas ou possíveis contrapartidas ligadas ao esquema.
Quem é Maurício Camisotti, o preso na “Farra do INSS”
Apontado como sócio oculto de empresas ligadas às associações que operavam os descontos irregulares em aposentadorias e pensões, Maurício Camisotti está preso preventivamente e é considerado peça-chave nas apurações.
Segundo a CPMI do INSS, Camisotti teria movimentado valores expressivos, servindo como elo entre o setor empresarial e grupos políticos.
O que diz a defesa de Sarney Filho
Até o momento, Sarney Filho não foi formalmente acusado no processo. Em nota, sua defesa afirma que não há irregularidade nos valores recebidos e que qualquer movimentação financeira relacionada a seu nome será devidamente explicada.
Apesar disso, o caso aumentou a pressão sobre o ex-ministro, já que o volume da transação e o contexto da investigação levantam suspeitas sobre a origem e finalidade dos recursos.
Impactos políticos do caso
A revelação do repasse ocorre em um momento de grande visibilidade da CPMI do INSS, instalada para apurar a fraude que pode ter desviado mais de R$ 4 bilhões de aposentados e pensionistas.
A eventual ligação de políticos tradicionais ao escândalo amplia o desgaste institucional e pode reforçar pedidos de endurecimento na responsabilização de envolvidos, inclusive no campo político.
Conclusão
O suposto pagamento de R$ 7 milhões a Sarney Filho por um dos principais investigados da Farra do INSS expõe como o caso pode ter ramificações além do sistema previdenciário, atingindo figuras de relevância nacional.
Perguntas Frequentes
Quem é Maurício Camisotti?
É um empresário preso por envolvimento na Farra do INSS, apontado como sócio oculto de empresas ligadas ao esquema de descontos indevidos.
Qual o valor do repasse investigado?
Um relatório do Coaf indica movimentação de cerca de R$ 7 milhões em março, tendo como destino o ex-ministro Sarney Filho.
Sarney Filho já foi denunciado?
Não. Até agora, não há denúncia formal contra ele, mas o caso segue em apuração pelas autoridades competentes.
Qual a dimensão da fraude no INSS?
A CPMI estima que o esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões tenha movimentado mais de R$ 4 bilhões.
Por que esse caso tem impacto político?
Porque envolve possíveis conexões entre empresários investigados e políticos de renome nacional, ampliando a gravidade do escândalo.
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