Em entrevista ao The Washington Post, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, declarou que não pretende mudar sua postura diante dos processos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A fala ocorre em meio a pressões internacionais, principalmente após a inclusão de Moraes em sanções dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky.
O que Moraes disse sobre sua atuação?
Segundo Moraes, a responsabilidade do STF é proteger a democracia brasileira e garantir o cumprimento da Constituição. O ministro foi categórico ao afirmar:
“Não recuaremos nem um milímetro diante de ameaças, pressões ou interesses políticos externos. Nossa função é aplicar a lei.”
A entrevista foi publicada nesta segunda-feira (18), pelo jornal norte-americano, ressaltando que o magistrado se tornou um dos principais alvos de apoiadores de Bolsonaro e até de políticos dos EUA.
Por que os EUA aplicaram sanções contra Moraes?
No início de agosto, o Departamento de Estado dos EUA anunciou medidas contra o ministro com base na Lei Magnitsky, usada para punir autoridades acusadas de violar direitos humanos ou praticar corrupção. Entre as penalidades, está o congelamento de bens e a proibição de entrada em território norte-americano.
Apesar disso, Moraes enfatizou que não se deixará intimidar:
“O Brasil é uma democracia soberana. Nenhuma decisão de outro país vai alterar meu dever constitucional.”
Como isso afeta o julgamento de Bolsonaro?
O STF já definiu que o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus acontecerá em 2 de setembro. Eles são acusados de tentar manipular as eleições e incentivar atos antidemocráticos em 8 de janeiro de 2023.
Especialistas apontam que a entrevista de Moraes pode sinalizar firmeza da Corte, afastando qualquer expectativa de recuo diante das pressões internacionais.
Qual a repercussão política dessa fala?
A declaração repercutiu entre parlamentares brasileiros. Enquanto opositores de Bolsonaro defenderam a postura de Moraes como sinal de independência do Judiciário, aliados do ex-presidente criticaram o ministro, alegando perseguição política.
A fala também foi interpretada como uma mensagem direta a Washington, reforçando que o Brasil não aceitará interferências externas em suas decisões internas.
Conclusão
A entrevista de Alexandre de Moraes deixa claro que o STF seguirá firme no julgamento de Bolsonaro, mesmo diante de sanções e pressões internacionais. A postura do ministro reforça o compromisso da Corte com a estabilidade institucional do país.
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Perguntas frequentes
O que Alexandre de Moraes disse sobre Bolsonaro?
Ele afirmou que não recuará “nem um milímetro” em suas decisões, reforçando o compromisso com a Constituição.
Por que os EUA sancionaram Moraes?
As sanções foram aplicadas com base na Lei Magnitsky, sob alegações de abusos de direitos humanos e corrupção.
Quando será o julgamento de Bolsonaro no STF?
O julgamento está marcado para 2 de setembro de 2025.
Essas sanções podem influenciar o STF?
Segundo Moraes, não. Ele declarou que o Brasil é uma nação soberana e que a Justiça brasileira não se curvará a pressões externas.
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