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INSS pagou R$ 2,3 milhões a mortos e fantasmas em fraude interna

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O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou oito pessoas, incluindo um servidor do INSS, por envolvimento em fraudes que resultaram no pagamento de R$ 2,3 milhões a beneficiários fictícios ou já falecidos. Eles ainda foram multados em R$ 6,6 milhões e estão proibidos de ocupar cargos públicos por até 8 anos.

Como funcionava o esquema na agência do Piauí

O servidor Gilson Barbosa Machado, lotado em Parnaíba (PI), criou identidades falsas — idosos fantasmas — e transferiu benefícios utilizando documentos adulterados. Os saques eram feitos mensalmente. O esquema chegou a envolver unidades de outros estados do Nordeste.

Conexão com a Operação Sem Desconto

O caso integra a investigação mais ampla da Operação Sem Desconto, da PF e CGU, que apurou descontos não autorizados em benefícios previdenciários de idosos em todo o Nordeste, com prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Além disso, a CGU identificou que o INSS pagou indevidamente R$ 193 milhões a 17,7 mil falecidos entre janeiro de 2019 e junho de 2023, por falhas nos sistemas automatizados de controle de óbitos.

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Consequências e recuperação de valores

  • O TCU exigiu que os envolvidos devolvam R$ 2,3 milhões, com multa coletiva de R$ 6,6 milhões, e proibiu-os de ocupar cargos públicos.
  • Em outra frente, a Justiça Federal bloqueou R$ 23,8 milhões em bens de investigados como parte da Operação Sem Desconto — ação coordenada pela AGU para ressarcir vítimas. O montante total em bloqueio já chega a R$ 2,5 bilhões em outras frentes.

Impacto para os beneficiários

  • Milhares de aposentados e pensionistas foram prejudicados por desconto indevido ou fraude com documentos falsos.
  • A maioria das vítimas era idosa, com pouca escolaridade e difícil acesso à informação — especialmente vulneráveis no Nordeste.
  • Os valores descontados debilitavam a renda familiar e geravam perda significativa do poder de compra, muito acima do mínimo vital.

Perguntas Frequentes:

1) Quem foi condenado?

O servidor Gilson Barbosa Machado e outros sete investigados ligados à fraude com “mortos e fantasmas” no INSS da agência de Parnaíba, Piauí.

2) Quanto foi pago indevidamente?

R$ 2,3 milhões foram creditados a identidades falsas ou falecidas. Os responsáveis deverão restituir esse valor, além da multa de R$ 6,6 milhões.

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3) Faz parte de um esquema maior?

Sim, integra a Operação Sem Desconto, que apurou desvios na ordem de bilhões por descontos não autorizados em benefícios previdenciários em todo o Nordeste.

4) O INSS pagou a quantos mortos?

Segundo a CGU, cerca de R$ 193 milhões em benefícios foram pagos a 17,7 mil pessoas falecidas entre 2019 e meados de 2023.

5) O que foi feito para recuperar os valores?

A AGU conseguiu bloqueio judicial de R$ 23,8 milhões em bens dos investigados, parte de ações que somam até R$ 2,5 bilhões em ressarcimento.

Conclusão

A fraude envolvendo pagamento a “mortos e fantasmas” no INSS revela crueldade e organização criminosa dentro da própria instituição. O sucesso da Operação Sem Desconto e as sanções judiciais mostram esforço institucional para recuperar recursos e punir os autores. Apesar dos bloqueios e condenações, milhões de beneficiários ainda aguardam reparação. O caso expõe falhas sistêmicas no controle de benefícios e reforça a invasão de direitos dos mais vulneráveis.

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Tatiana Tavares Fracasso
Tatiana Tavares Fracassohttp://ttfnoticias.com.br
Tatiana Tavares Fracasso, formada em Direito pela UNISINOS - Universidade do Rio dos Sinos/RS; pós graduada em Direito Previdenciário pela ESMAFE/RS - Escola Superior da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul e pós graduada em Direito de Família e Sucessões pela UCS - Univerdade de Caxias do Sul/RS. Sócia fundadora do Escritório TAVARES E FRACASSO que atua no ramo previdenciário, cível, família, sucessões e trabalhista há mais de 12 anos. Criadora do CANAL NO YOUTUBE TATIANA TAVARES ADVOGADA.

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